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Qumran – O Livro de Gênesis

Bom galera, como havia dito, estou escrevendo um livro. Nunca escrevi um antes, e acaba se tornando um mistério para eu saber se está sendo bem escrito ou não. Opinião de amigos sempre tem um “quê” de puxa saquismo. Mas vocês, como bom leitores que são, adoram criticar, principalmente quando eu falo mal de religião, e eu gosto disso.

E adivinhem sobre o que o livro trata? Acertou quem disse Religião. Mas não pense que estou falando mal, muito menos bem, ou coisa do tipo. Pretendo “refazer a história” de um modo fantástico, envolvendo magia e características medievais, da época do surgimento do Protestantismo, época turbulenta na Europa. Mesmo que eu declare sempre que não gosto de religião, gosto do lado mítico dela. Sou fã de Mitologia Grega, da Nórdica, Egípcia e inclusive a Cristã.

Acabo atualizando pouco o blog por estar escrevendo esse livro, então pensei: “Por que não postar partes do livro no blog, sem revelar muito o enredo, e gerar posts com conteúdos ao tempo que faço uma propaganda do meu trabalho?”

Eis o resultado:

Era uma noite fria, e pouco iluminada pela luz da lua, que esta hora reinava sobre a Terra; seis pessoas estavam reunidas em um local que parecia estar abandonado. Trabalhos artesanais, jogados ao chão como se nada valessem; vitrais, que deveriam esbanjar cor e brilho, opacos e deteriorados; estátuas em estado avançado de corrosão, tornando impossível dizer a quem homenageavam.

Seis pessoas com trajes simples, equidistantes umas das outras e ao objeto que se localiza no centro, um altar, esculpido numa bela pedra. Em cima, um amontoado de panos, não qualquer, uma fina seda, usada somente pelas altas classes da sociedade. As pessoas sorriam e pareciam aguardar por algo, mas ao mesmo tempo em que demonstravam estar felizes e descontraídas, deixavam transparecer um semblante de quem se preocupa e tem medo. Mesmo sob a luz das tochas, que davam ao cenário um ar ainda mais sombrio, conseguiam transmitir paz umas às outras, sustentando um clima tranquilo e seguro.

O silêncio foi bruscamente interrompido pelo estrondo das portas sendo abertas como trovões. Apesar do barulho dos metais entrando em contato com o solo, com tremenda força, nenhuma reação foi vista dos seis primeiros que ali se encontravam, porém, o clima já não era mais o mesmo. “Revistem o altar”, gritou um dos que primeiro adentraram ao local.

Cada uma das cinco pessoas foi algemada por outras três, vestidas de nobres armaduras que reluziam em resposta à luz das tochas. A seda fora jogada ao chão e revelou-se como uma simples pilha de panos, ainda que valiosos. Era notável a cara de espanto, nada estava sob o pano. Logo o silêncio foi substituído por uma risada, vinda daquele que parecia comandar os soldados.

— Então é isso que têm a nos oferecer? Não vão nem ao menos reagir? —, reclamava o Capitão em tom de deboche mesclado com fúria. — Bom trabalho! —, disse olhando para o único, dentre as seis pessoas, que foi livrado das algemas.

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Gostaria de ouvir a opinião de vocês, sobre o uso da linguagem, o tema, etc. Daqui um tempo postarei mais trechos, mas não será em ordem para não revelar muito sobre o enredo.

Matheus Carvalho

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